A presidente da SBCS, Maria Eugênia Ortiz Escobar, participou no dia 10 de dezembro, de uma Live sobre o tema do ano para a celebração do Dia Mundial do Solo: Medir, Monitorar e Manejar. Para ver ou rever e compartilhar, a live está disponível no canal do YouTube do Programa de Pós-Graduação em Ecossistemas Agrícolas e Naturais neste link.

A SBCS celebrou o Dia Mundial do Solo de 2024 realizando uma live com a Sociedade Americana de Ciência do Solo (SSSA).A live, em inglês, pode ser conferida no canal da SSSA no youtube.

A SBCS encerrou a semana em que se celebra o Dia Mundial do Solo de 2024 com uma ótima notícia de aproximação da ciência do solo com legisladores e políticos por iniciativa do Núcleo Paraná da SBCS (NEPAR).Foi realizada, dia 3 de dezembro, a audiência pública “Cuidando do Futuro: A Relevância do Solo e da Água na Sustentabilidade”, realizada na Assembleia Legislativa do Paraná. O evento contou com a participação de pesquisadores de diversas instituições e autoridades, incluindo o secretário da Agricultura e do Abastecimento do estado, Natalino Avance de Souza. A audiência foi organizada pelo deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD)“Não adiante só gerar tecnologias. É importante que as pessoas tenham conhecimento sobre o assunto”, disse o professor Marcelo Ricardo de Lima, do Departamento de Solos da UFPR. Ele chamou a atenção para a necessidade de investimentos em educação em solos, apresentando iniciativas que têm o objetivo de disseminar conhecimentos sobre a temática. Citou a importância de um material didático sobre solos voltado para o ensino médio e fundamental; da capacitação de professores; e para a criação de mecanismos que permitam estudantes e docentes ampliarem, constantemente, o conhecimento e a discussão sobre o assunto. A professora Letícia Pierri (PUC-PR), secretária do Nepar, falou sobre poluição de solos agrícolas e urbanos, destacou que “eles (os solos) são os reatores sensíveis da natureza”.Já o pesquisador Gustavo Ribas Curcio, da Embrapa Florestas – Paraná, abordou a recarga e descarga hidrológica em solos agrícolas. Segundo ele, que defende a proteção dos recursos naturais, com a retirada da floresta, tivemos como consequências imediatas a perda de nascentes, da vazão dos rios, dos caudais fluviais.Fonte e foto

Não descartem suas minhocas, encaminhe-as!

Em um texto publicado originalmente no Blog da Sociedade Brasileira de Zoologia em maio de 2024, e recentemente publicado no periódico Biodiversity, os autores listados abaixo fazem um apelo para que pesquisadores que trabalhem com ou que coletem indivíduos da fauna edáfica preservem adequadamente e encaminhem o material coletado para instituições que têm condições de armazenar adequadamente este material. O artigo contém listas de pessoas e instituições aptos a receber este material preservando-o para futuras pesquisas e evitando a perda desse patrimônio genético. Aproximadamente um quarto da fauna mundial vive no solo e o Brasil é um país mega diverso, com alta riqueza de espécies de invertebrados edáficos. Portanto, muito material de pesquisa coletado em solos brasileiros pode conter informação importante que não deve ser desperdiçada. Após realizar o árduo trabalho de campo, coletando amostras de solo e da fauna edáfica, é necessário realizar o igualmente árduo trabalho subsequente de limpar, ordenar, catalogar, e finalmente, conservar e manter as amostras para estudos posteriores. Infelizmente, ao longo do tempo, temos visto muitas situações lamentáveis onde não houve a dedicação necessária à conservação e manutenção, que são rotina em museus e coleções zoológicas. Isso tem ocorrido, especialmente, em instituições com infraestrutura ou apoio limitado para conservar amostras de fauna. Consequentemente, muitas amostras coletadas para trabalhos de disciplinas da graduação ou pós-graduação, de iniciação científica, ou até para dissertações de mestrado e teses de doutorado são descartadas e/ou perdidas, por não haver infraestrutura ou local disponível para acomodar o material, e mantê-lo como parte de uma coleção com os devidos cuidados curatoriais. Sendo assim, se estiver coletando fauna edáfica ou epi-edáfica usando armadilhas dos tipos Pitfall ou Provid ou extratores do tipo Winkler, Berlese, ou Tulgren, ou até mesmo usando a catação manual com o método do TSBF (Tropical Soil Biology and Fertility) entre em contato com especialistas para que possam receber seus exemplares como doação. Até mesmo se encontrar minhocas, particularmente minhocuçus, em coletas esporádicas na sua propriedade ou em outros locais, guarde os animais (seguindo instruções no final desse texto), e avise os especialistas! Assim, se poderá evitar a perda desse patrimônio genético, garantindo sua conservação efetiva! Embora o texto foque nas minhocas, os autores ressaltam que esse procedimento pode ser igualmente aplicado a muitos outros táxons da fauna edáfica ou epi-edáfica frequentemente coletados usando os métodos acima citados, particularmente os artrópodes e moluscos. Porém, para alguns desses grupos são necessários cuidados especiais, diferentes daqueles detalhados aqui para as minhocas. Portanto, caso tenham exemplares de outros táxons que desejem encaminhar, sugerimos que entrem em contato com museus zoológicos regionais ou estaduais, para que eles possam aconselhar sobre o processamento, preparação, envio e recebimento de seus materiais. Confira, na íntegra do texto disponível em inglês neste link e em português na versão revisada para a SBCS no arquivo em PDF abaixo. Ali poderão encontrar uma lista de coleções zoológicas que podem ser consultadas sobre exemplares de minhocas coletadas no Brasil visando identificar aquela que esteja mais próxima, e que possa receber o material e ainda uma breve introdução ao material de maior interesse dos autores: as minhocas. O artigo publicado em inglês, contém mais informações sobre coleções estrangeiras. Confira, abaixo, a íntegra do texto em português! O texto anexado é de autoria de: George G. Brown: Embrapa Florestas, Colombo, PR, Brasil. E-mail: george.brown@embrapa.br Marie L.C. Bartz: Universidade Federal de Santa Catarina, Curitibanos, Santa Catarina, Brazil. Luis M. Hernández-García: Universidade do Estado do Maranhão, São Luís, MA, Brasil. Marcelo V. Fukuda: Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. Samuel W. James: Maharishi International University, Iowa City, IA, USA. I

Plantas que comem metais: espécies podem mudar o futuro da mineração e do meio ambiente

Clístenes Williams Araújo do Nascimento é professor da UFRPE e membro da Academia Pernambucana de Ciências Imagine um mundo em que a solução para limpar um solo contaminado com metais pesados, como chumbo, níquel e cádmio, estivesse na própria natureza. Esse mundo existe, graças a plantas com um superpoder: elas “comem” metais. São as chamadas hiperacumuladoras, que armazenam metais em quantidades tão grandes que podem ser usadas para limpar áreas poluídas e até mesmo minerar metais de uma forma mais sustentável. Ao contrário da maioria das plantas, que morreriam ao tentar absorver quantidades tão elevadas de metais tóxicos, as hiperacumuladoras conseguem processar esses elementos sem sofrer danos. Isso porque desenvolveram mecanismos para isolar esses metais em compartimentos celulares específicos, evitando problemas em seu metabolismo. A hiperacumulação de metais ocorre principalmente em plantas de regiões com solos ricos em metais, conhecidos como solos ultramáficos. O Brasil, um país onde a mineração tem destaque mundial, possui imensas áreas, por exemplo, em Goiás, Pará, Bahia, onde plantas “comedoras de metais” se adaptaram e evoluíram para tolerar – e até depender – desses metais para sobreviver. Em um planeta onde o crescimento urbano e industrial contamina o solo, a importância dessas plantas é imensa. A contaminação do solo é um problema sério: muitos metais são tóxicos, podem poluir os solos, as águas subterrâneas e representam um risco à saúde humana e ao ambiente. Remover esses metais do solo é difícil e caro. As hiperacumuladoras podem ajudar a resolver o problema de uma maneira econômica e sustentável. Além disso, elas oferecem uma alternativa promissora para a mineração tradicional de metais. A agromineração, uma área de estudo do nosso Grupo de Pesquisa na UFRPE, é o processo de cultivo dessas plantas para extrair metais do solo, reduzindo o impacto ambiental da mineração convencional. Após o cultivo, as folhas ricas em metais são colhidas e processadas para extrair o metal, contribuindo para uma mineração mais ecológica. Entre as plantas hiperacumuladoras mais conhecidas estão as que acumulam níquel, um metal utilizado na fabricação de baterias, ligas metálicas e aço inoxidável. O Brasil tem uma das maiores biodiversidades do mundo, incluindo várias espécies endêmicas que podem ter potencial para hiperacumulação de metais. Pesquisadores brasileiros têm se interessado cada vez mais por essa área, com estudos focados tanto na identificação de espécies nativas com alto potencial de acumulação quanto no desenvolvimento de métodos para tornar o processo mais eficiente. O país também pode se beneficiar economicamente com as plantas hiperacumuladoras, que representam uma revolução silenciosa no combate à poluição e na busca por métodos de mineração mais verdes. O potencial dessas plantas para transformar áreas contaminadas em solos férteis e para reduzir o impacto ambiental da mineração é imenso. No Brasil, a exploração dessa tecnologia pode se tornar uma solução eficaz para problemas ambientais. A natureza, mais uma vez, pode ser nossa aliada na construção de um futuro mais limpo e sustentável. Artigo publicado originalmente no site da UOL

Temas para destacar a importância dos solos

Autor: Clístenes Williams Araújo do Nascimento Professor da UFRPE e membro da Academia Pernambucana de Ciências Solos: a base para sustentação da vida e o futuro do Brasil Quando pensamos em recursos naturais essenciais, como água e ar, é fácil esquecermos do solo, o manto invisível sob nossos pés que sustenta a vida em nosso planeta. No entanto, é graças ao solo que temos alimentos na mesa, roupas para vestir e até o ar que respiramos. O solo é a base de quase todos os ecossistemas, e entender sua importância é essencial para garantir um futuro sustentável. Em homenagem ao Dia Mundial do Solo, celebrado em 5 de dezembro, vamos explorar o papel vital que esse recurso desempenha, especialmente no Brasil. Solos: o que são e por que são tão importantes? Os solos são formados ao longo de milhões de anos pela interação de rochas, matéria orgânica, água e organismos vivos. Eles não são apenas uma mistura de minerais, mas ecossistemas vivos, repletos de microrganismos, fungos e pequenos animais que desempenham funções fundamentais para a saúde da Terra. Entre as principais funções do solo, destacam-se: Produção de alimentos: O solo é a base da agricultura e sustenta a produção de 95% dos alimentos que consumimos. É onde as plantas absorvem nutrientes essenciais, como nitrogênio, fósforo e potássio, para crescerem e se desenvolverem. Ciclo da água: O solo age como uma esponja gigante, armazenando e filtrando a água da chuva e liberando-a aos poucos para os rios e lençóis freáticos. Esse processo natural é essencial para garantir o abastecimento de água doce no planeta. Regulação do clima: Os solos armazenam grandes quantidades de carbono, ajudando a regular o clima global. Quando o solo é saudável, ele pode capturar e armazenar carbono da atmosfera, contribuindo para reduzir os efeitos das mudanças climáticas. Biodiversidade: O solo abriga uma incrível variedade de organismos – estima-se que uma colher de chá de solo fértil contenha mais microrganismos do que a população humana mundial. Essa diversidade é essencial para manter a saúde dos ecossistemas, promovendo o equilíbrio natural. O solo no Brasil: uma riqueza única e ameaçada O Brasil possui uma das maiores áreas cultiváveis do mundo e solos férteis que permitem a produção agrícola em grande escala, sendo o país um dos maiores exportadores de alimentos, como soja, milho e café. Esse solo fértil é a base para a produção agrícola nacional, que representa uma parcela significativa do PIB brasileiro e é fundamental para a segurança alimentar do país e do mundo. Porém, apesar de sua importância, o solo brasileiro enfrenta sérios desafios. A expansão desordenada da agricultura, o uso intensivo de fertilizantes e pesticidas, o desmatamento e as queimadas têm colocado em risco a saúde do solo em várias regiões do país. Quando o solo é degradado, ele perde sua capacidade de sustentar plantas, reter água e armazenar carbono, o que tem consequências graves para o meio ambiente e para a economia. Estudos mostram que a degradação do solo no Brasil afeta aproximadamente 100 milhões de hectares, especialmente em áreas do Cerrado e da Amazônia. A perda de solo fértil leva à diminuição da produtividade agrícola, à erosão e ao aumento do risco de inundações e secas. Além disso, a degradação do solo contribui para o aumento das emissões de gases de efeito estufa, agravando as mudanças climáticas. Solos e sustentabilidade: um caminho necessário para o futuro Proteger e restaurar os solos é essencial para construir um futuro sustentável. Sem solos saudáveis, não será possível alcançar as metas globais de combate à fome, proteção do clima e conservação da biodiversidade. No Brasil, práticas agrícolas sustentáveis, como a agricultura de conservação, a rotação de culturas e o uso de técnicas de manejo integrado, são essenciais para preservar a saúde do solo e garantir a continuidade da produção agrícola. A agricultura regenerativa é uma dessas abordagens sustentáveis que está ganhando destaque. Essa prática se concentra na construção da saúde do solo, em vez de apenas maximizar a produção. Entre as técnicas utilizadas estão a cobertura do solo com plantas para evitar a erosão, a adição de matéria orgânica para melhorar a fertilidade e o uso de culturas de cobertura para enriquecer o solo com nutrientes. Estudos mostram que essas práticas podem aumentar a capacidade de armazenamento de carbono do solo, tornando-o uma importante ferramenta de mitigação climática. Além disso, políticas públicas voltadas para a proteção do solo são essenciais. Incentivos para práticas agrícolas sustentáveis, programas de recuperação de áreas degradadas e campanhas de conscientização sobre a importância do solo podem ajudar a preservar esse recurso tão essencial. Solos e mudanças climáticas: o papel do Brasil na mitigação Como uma das maiores potências agrícolas do mundo, o Brasil tem um papel fundamental na luta contra as mudanças climáticas. A preservação e restauração dos solos brasileiros podem ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, pois o solo saudável atua como um sumidouro de carbono, absorvendo dióxido de carbono da atmosfera. No entanto, a degradação do solo, provocada por práticas inadequadas, tem o efeito oposto: libera carbono armazenado, intensificando o aquecimento global. Diante disso, é importante que o Brasil invista em práticas de manejo do solo que conservem e aumentem o sequestro de carbono, contribuindo para os compromissos assumidos no Acordo de Paris. Proteger nossos solos significa proteger o clima global e garantir um futuro mais seguro para todos. Solos e segurança alimentar: a importância para o Brasil e o mundo Em um planeta com uma população crescente, garantir a segurança alimentar é um dos maiores desafios da atualidade. O solo fértil e bem cuidado é essencial para produzir alimentos de qualidade e em quantidade suficiente. No Brasil, onde a agricultura desempenha um papel econômico e social fundamental, a saúde do solo é crucial para atender à demanda interna e para exportar produtos agrícolas que alimentam milhões de pessoas ao redor do mundo. Mas solos degradados produzem menos, e a redução da fertilidade afeta diretamente a produtividade das culturas. Isso torna o solo um recurso

Ksat-SSIR-DB: Base de dados de condutividade hidráulica saturada e de taxa de infiltração básica em solos brasileiros

Enviado por Marta Ottoni A condutividade hidráulica saturada (Ksat) e a taxa de infiltração básica dos solos são propriedades essenciais e necessárias para diferentes aplicações geocientíficas. Dados dessas propriedades hidráulicas no território brasileiro são de difícil acesso, estando dispersos em publicações realizadas no pais. Este trabalho teve como objetivo elaborar um banco de dados de condutividade hidráulica saturada, em campo e em laboratório, e de taxa de infiltração básica em solos brasileiros que seja de fácil manipulação e livre acesso. Essa base de dados teve notação de Ksat-SSIR-DB, contendo, no total, 2579 registros correspondentes a 406 locais de amostragens e com informações de Ksat e/ou TIB associadas a outras informações de solo. Uma análise dessa coletânea de dados foi realizada propondo investigar sua cobertura no território nacional e em diferentes agrupamentos de solo. Valores médios dessas propriedades hidráulicas também foram apresentadas nas classes texturais, com seus valores comparados com os da literatura internacional. Esse resultado também foi apresentado para outros agrupamentos de solo, como classe de solo, classe de uso e cobertura e classe de porosidade. A representatividade dos dados de Ksat nesses agrupamentos e em suas combinações foi aqui também investigada. Ksat-SSIR-DB mostrou ampla cobertura nacional e nas classes pedológicas e texturais. Observou-se enorme diferença entre os valores de Ksat da grande maioria dos solos argilosos e muito argilosos brasileiros em comparação aos solos de regiões temperadas. As duas combinações que apresentaram menor variabilidade nos valores de Ksat (menor desvio padrão) foram as combinações entre classe pedológica no segundo nível categórico do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) e classe textural e classe pedológica no segundo nível categórico do SiBCS e classe de porosidade. A base de dados tem grande potencial para o desenvolvimento e teste de funções de pedotransferência de Ksat em solos brasileiros, servindo também como fonte de referência para diferentes aplicações geoambienais e, em especial, para trabalhos de modelagem de processos que ocorrem na superfície terrestre. O seu acesso é livre neste link , que também inclui o script python para análise de dados.

A SBCS promoveu, entre os dias 28 de julho e 2 de agosto, a XXI Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água (RBMCSA) no campus da Universidade Federal de Viçosa. O evento teve como tema “Agricultura de Montanha” e foi realizado juntamente com o Simpósio Mineiro de Ciência do Solo.Foram mais de 300 participantes, 211 trabalhos apresentados, muitas palestras que primaram pela interdisciplinaridade que o tema “Agricultura de Montanha” merece e, claro, os happy hours que fazem os melhores networkings para quem participa de um evento. A organização do evento foi realizada pelo Núcleo Regional Leste da SBCS e considerada excelente pelos participantes. Além das palestras e debates, eles também participaram de minicursos, workshops e viagens técnicas pelas áreas de cafeicultura na Zona da Mata Mineira. Outra novidade no evento foi o Challenger, um desafio no qual as equipes participantes deveriam propor soluções tecnológicas para recuperação de pastagens na bacia do Rio Doce. O desafio foi vencido pela equipe liderada pelas estudantes da UFV Lívia da Cunha Agrizzi (Graduanda em Geografia)Karin da Costa Ribeiro Ferraz (Doutoranda em Solos e Nutrição de Plantas e Fernanda Zeidan Oliveira (Pós-doutoranda do Departamento de Engenharia Florestal) O tema do evento No Brasil, as áreas de agricultura de montanha podem ser encontradas em todas as regiões do país e a RBMCSA foi um importante fórum para discussão dos principais problemas e das alternativas e estratégias potenciais, congregando pessoas da pesquisa, da extensão e do ensino, sejam de instituições governamentais, não-governamentais e privadas. Essa será uma oportunidade de discussão direcionada em um ambiente de produção ainda não abordado previamente, seja no Brasil ou mesmo em outros países. Saiba mais sobre a programação da RBMCSA 2024.

Sugestões de leitura

Dicas para ficar por dentro do que acontece na ciência brasileira Como medir a saúde do solo? O 5º episódio da série How to Measure Soil Health , promovido pela iniciativa 4 PER 1000″ Soil Carbon Science Webinar Series já está disponível no youTube.Neste episódio, a pesquisadora do Soil Health Institute, Cristine Morgan, apresenta um conjunto selecionado de indicadores econômicos e responsivos para avaliação da saúde do solo.Por sua vez, a pesquisadora da Embrapa Cerrados, Iêda de Carvalho, compartilha informação das avaliações de saúde do solo em larga escala no Brasil, com foco no papel das enzimas do solo.Link para acessar O que a sociedade pensa sobre a ciência brasileira? Conhecer como a sociedade pensa e consome temas relacionados à Ciência e Tecnologia (C&T) é um fator de grande importância para pesquisadores, educadores, comunicadores, jornalistas e gestores envolvidos com o desenvolvimento e implementação de políticas públicas. Isto porque a ciência e a tecnologia fazem parte de importantes debates políticos e sociais, como mecanismos que auxiliam e aceleram o desenvolvimento do país. A pesquisa de Percepção pública da ciência e tecnologia no Brasil surgiu da necessidade de mapear o entendimento dos brasileiros e levantar dados atualizados a respeito do interesse, do grau de informação, de atitudes e conhecimentos relacionados à C&T no Brasil. Com base nos resultados obtidos, é possível aprimorar ações de popularização científica e de educação em ciências, assim como contribuir com a formulação de políticas públicas voltadas para essa temática. Na edição de 2023, busca-se, assim como nas edições prévias, produzir dados que permitam a comparação com pesquisas anteriores, nacionais/internacionais e, sobretudo, agregar inovações nas formas de abordagem. Portanto, é possível acompanhar o comportamento da C&T ao longo do tempo por meio dos dados. Cai interesse por programas de pós-graduação no país O sistema brasileiro de pós-graduação, que atende atualmente mais de 320 mil alunos em programas de mestrado e de doutorado acadêmicos ou profissionais, vive uma crise complexa marcada por problemas que se sobrepõem. O número de estudantes titulados cresceu sem parar por mais de três décadas, atingindo um pico de 24,4 mil doutores e 70,1 mil mestres em 2019, mas esse fôlego arrefeceu na pandemia, com o fechamento de laboratórios e o adiamento de projetos. Passada a emergência sanitária, a crise permaneceu. Há entraves para retomar o ritmo anterior: em 2022, o contingente de formados ainda estava 13% abaixo do de 2019. Em várias áreas do conhecimento, menos candidatos se dispõem a pleitear as vagas dos programas.“A pandemia ofuscou dois processos que já tinham começado antes dela: um afastamento dos interessados na pós-graduação, principalmente devido à perda no valor de bolsas, e uma redução da atratividade desse tipo de formação em grupos de pessoas que, no passado, costumavam procurá-la”, afirma a cientista política Rachel Meneguello, pró-reitora de Pós-graduação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A versão preliminar do novo Plano Nacional de Pós-graduação (PNPG), que deve ser lançado no segundo semestre pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), forneceu um diagnóstico do descrédito.Leia reportagem publicada na Revista Fapesp Mercado de Carbono O mercado voluntário de carbono é um mecanismo importante para conter o aquecimento global, ao estimular países e empresas a diminuírem suas emissões de carbono por meio de sua precificação. Em relatório lançado , em junho, o Grupo Consultivo para a Crise Climática (CCAG) alerta que princípios científicos e transparência devem embasar as definições do que deve ser considerado no crédito de carbono — e pode servir para orientar a discussão sobre o tema. Essa é uma das pautas prioritárias do Senado neste ano.O relatório faz parte de uma série de análises feitas de forma independente pelo CCAG. O grupo reúne 15 especialistas do clima de dez países diferentes, com a missão de impactar na tomada de decisão sobre a crise climática.A ideia do relatório é construir confiança no mercado voluntário de carbono que, segundo os especialistas, atualmente tem limites de ação na redução de emissões de carbono. Para isso, o texto aponta sete recomendações principais que vão além dos princípios de compensação de carbono estabelecidos pela Universidade de Oxford (Reino Unido) — e descreve um roteiro para o mercado voluntário de carbono superar críticas recentes e reconstruir sua confiança por meio da ciência.Algumas ideias envolvem apoiar projetos que proporcionem reduções reais de emissões de carbono e redistribuir financiamento e benefícios para comunidades locais onde os projetos estão baseados.Saiba mais Ferramenta checa se há artigos e projetos em comum entre o currículo Lattes dos candidatos e os avaliadores O Laboratório de Biologia de Sistemas Computacional (CSBL) desenvolveu o Conflitulus Lattes, uma ferramenta para checar se há artigos e projetos em comum entre os currículos Lattes dos candidatos e dos avaliadores, evitando conflitos de interesse em bancas de mestrado e doutorado. O CSBL está vinculado ao Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). A ferramenta foi idealizada por Helder Nakaya, pesquisador sênior do Hospital Israelita Albert Einstein e líder do CSBL. A plataforma oferece uma triagem inicial de potenciais conflitos de interesse, facilitando a análise de vínculos profissionais e colaborativos entre os participantes. Segundo Nakaya, Conflitulus Lattes pode ajudar a economizar bastante tempo dos usuários da Plataforma Lattes. “Colocamos um contador de horas salvas para cada vez que a ferramenta fosse rodada. Estimamos que cruzar dezenas de currículos entre si pode poupar até dez horas de trabalho, às vezes muito mais”, pontua o pesquisador para a Agência FAPESP. Todos os interessados podem usar a ferramenta de forma gratuita. Para isso, há um sistema de login e aprovação de cadastro. Os usuários podem carregar e analisar múltiplos currículos Lattes de candidatos e avaliadores; identificar rapidamente coautorias e colaborações em comum; e gerir relatórios de potenciais conflitos de interesse.Saiba mais